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19 maio 2015

EVOLUÇÃO HUMANA (Parte 3) Primeiros Hominídeos

Os Primeiros Hominídeos

O tópico mais controverso dentro da teoria de Charles Darwin da evolução através da seleção natural gira em torno da ideia de que os humanos evoluíram de primatas. No entanto, já foram encontradas diversas evidências de que os seres humanos, de fato, se ramificaram a partir de primatas na árvore da vida.


O grupo de ancestrais humanos que são mais estreitamente relacionados com os primatas é chamados de grupo dos Ardipithecus, expostos a seguir:

     - Sahelanthropus tchadensis
     - Orrorin tugenensis
     - Ardipithecus kadabba
     - Ardipithecus ramidus

Localização dos fósseis encontrados dos hominídeos: Sahelanthropus tchadensis, Orrorin tugenensis, Ardipithecus kadabba, e Ardipithecus ramidus.
  • Sahelanthropus tchadensis (7 m. a.)

Apelidado carinhosamente de "Toumai" é uma espécie de hominídeo descrita em julho de 2001 por Michel Brunet, com base num crânio que pode ser o mais antigo da linhagem humana, de mais ou menos 7 milhões de anos e pode ser a representação de um "elo perdido" que separou a linhagem humana da linhagem dos chimpanzés.

O nome genérico refere-se a Sahel, uma região da África que limita o Saara do Sul, no qual os fósseis foram achados.

Esta descoberta poderá mudar o conceito que tínhamos da evolução humana que se iniciou com a descoberta do Australopithecus africanus, o "homem-macaco", em 1925. Porém, alguns pesquisadores, como Wolpoff, disseram ser o crânio de uma fêmea de gorila com traços primitivos. A discussão continuou até 2005, quando mais análises de tipos paleontológicos de Sahelanthropus foram publicadas por Brunet.

Hoje a comunidade científica aceita razoavelmente bem que este é o fóssil do hominídeo mais antigo já encontrado, com 7 milhões de anos. Trata-se de uma indicação de que o bipedalismo humano surgiu não na savana como se acreditava, mas na floresta tropical das imediações do Chade, que hoje são áreas desérticas.

Reconstituição artística do rosto do Sahelanthropus tchadensis.

Vistas: a) Frontal, b) Lateral, c) Dorsal, e d) Basal do crânio do Sahelanthropus tchadensis.

Há distorções no crânio do Sahelanthropus tchadensis. Aqui temos 4 vistas que pertencem a uma completa remodelação morfológica 3D do crânio.

Comparação da posição do orifício occipital em vista basal no chimpanzé atual, humano atual e na reconstituição do crânio fóssil do Sahelanthropus tchadensis:
     - O orifício occipital dos chimpanzés é posicionado posteriormente (para a parte posterior do crânio);
     - Nos humano está em posição anterior (para a frente do crânio);
     - No Sahelanthropus tchadensis está posicionado mais anteriormente do que no chimpanzé e ficando mais próximo da condição humana.
[Brunet (2002, 2005)].

  • Orrorin tugenensis (6,1 m. a. - 5,7 m. a.)

É a única espécie extinta de hominídeo classificada no gênero Orrorin. O nome foi dado pelos descobridores que encontraram os fósseis de Orrorin próximo à cidade de Tugen, Quênia. Eles são datados de, aproximadamente, 6 milhões de anos (Mioceno). Os fósseis encontrados até agora são de, no mínimo, 5 indivíduos. Eles incluem um fêmur, sugerindo que o Orrorin andava de forma ereta; um úmero direito, sugerindo habilidades de escalador, mas não de braquiação; e dentes que sugerem uma dieta parecida com a dos humanos modernos. Os molares maiores e os pequenos caninos sugerem que o Orrorin comia principalmente frutas, vegetais e, ocasionalmente, carne. Essa espécie tinha, aproximadamente, o mesmo tamanho de um chimpanzé.

O grupo que encontrou esses fósseis em 2000 foi liderado por Martin Pickford. Pickford diz que o Orrorin é claramente um hominídeo; baseado nisso, ele data a separação entre hominídeos e outros grandes macacos africanos para aproximadamente 7 milhões de anos atrás. Essa data é muito diferente daquelas derivadas do uso do enfoque do relógio molecular.

Outros fósseis encontrados nessas rochas mostram que o Orrorin viveu em um ambiente arbóreo, mas não na savana como dito por muitas teorias sobre evolução humana e, em particular, sobre as origens do bipedalismo.

Se o Orrorin foi um ancestral do homem moderno, o Australopithecus afarensis estaria em um dos lados do ramo da família dos hominídeos: o Orrorin é mais antigo,tem por volta de 1.5 milhão de anos e é mais similar a nós do que o A. afarensis. Há, porém, significante controvérsia sobre este ponto, e outros pesquisadores afirmam que Pickford argumentaria sobre um número de incertezas.

Fragmentos fósseis do Orrorin tugenensis (no detalhe o fêmur).

  • Ardipithecus kadabba (5,5 m. a. - 5,8 m. a.)

É um hominídeo fóssil descoberto em 2001 pelo paleoantropólogo etíope Yohannes Haile-Selassie na depressão de Affar, noroeste da atual Etiópia. Se estima que esta espécie viveu entre 5,54 e 5,77 milhões de anos atrás.

O doutor Haile-Selassie descreve o A. kadabba como a provável primeira espécie do ramo até os humanos, logo da separação evolutiva da linhagem comum com os chimpanzés.
O Ardipithecus kadabba mostra uma postura ereta, mas com as dimensões de um moderno chimpanzé; possuia grandes caninos.

Alguns especialistas consideram que o A. kadabba é uma subespécie do Ardipithecus ramidus, e a outra subespécie conhecida (ano 2005) é a do Ardipithecus ramidus ramidus.

A dentadura algo mais primitiva do A. kadabba obriga a uma diferença taxonômica com o A. ramidus. Sabe-se, pela análise dos fósseis, que o Ardipithecus kadabba é cerca de um milhão de anos mais antigo que o A. ramidus.

Ilustração de como seria o Ardipithecus kadabba em seu habitat.

Reconstituição artística do rosto de um Ardipithecus kadabba.

  • Ardipithecus ramidus (4,5 m. a. - 4,1 m. a.)

É uma espécie de hominídeo fóssil, provavelmente bípede e que poderá ter sido um dos antepassados da espécie humana. "Ardi" significa solo, ramid raíz, em uma língua (amhárico) do lugar onde foram encontrados os restos, (Etiópia), ainda que "pithecus" em grego signifique macaco. Os primeiros ancestrais do homem viveram na África há mais de 4 milhões de anos. O Ardipithecus ramidus, que existiu há 4,5 milhões de anos, na Etiópia, tinha uma capacidade craniana de 410 cm³, ou seja, três vezes menor que a do Homo sapiens.

Foi descrita por Tim White e sua equipe a partir do descobrimento na África Oriental no ano 1983 por meio de alguns maxilares.

Os restos de pelo menos nove indivíduos classificados como Ardipithecus ramidus, com idades entre 4,5 e 4,1 milhões de anos, foram encontrados, segundo informaram em janeiro de 2005, em As Duma, ao norte da Etiópia, a equipe da Universidade de Indiana dirigido por Sileshi Seaslug. O aspecto de um metatarso (osso correspondente ao pé) encontrado no depósito, demonstra que o animal ao qual pertence provavelmente se deslocava com seus membros inferiores, tal como um hominino.

Subsequentes descobertas de fósseis por Yohannes Haile-Selassie e Giday Wolde Gabriel - identificadas como A. ramidus - levariam a datação para algo em torno de 5.8 milhões de anos atrás.

O Ardipithecus ramidus também se distingue por seus caninos superiores em forma de diamante, que são muito mais parecidos aos humanos que os caninos em "v" dos chimpanzés; além disso os machos Ardipithecus, como os humanos, tinham os dentes caninos de tamanho similar aos das fêmeas, o que para Lovejoy teve relação com mudanças decisivas nos comportamentos sociais. No entanto, a criatura provavelmente se parecia mais a um símio que a um humano.

Se o Ardhipithecus ramidus se encontra dentro da linha filogenética que chega ao Homo sapiens, então é provável que o mesmo seja um antepassado dos Australopithecus. É possível que, por sua vez, tenha sido descendente do Orrorin tugenensis.

Estes restos fósseis têm uma antiguidade de 4,5 milhões de anos e o habitat em que se desenvolveram era arborizado e úmido.

A polêmica em torno destes vestígios se centrou em se esta espécie pertencia ao ramo dos hominídeos bípedes (Homininos) ou se colocava junto com os símios antropomorfos.

"É uma descoberta muito importante porque confirma que os hominídeos definitivamente caminhavam erguidos sobre dois pés há 4,5 milhões de anos", declarou o principal autor do estudo, Sileshi Seaslug.


Fóssil e concepção artística do Ardipithecus ramidus.

Concepção artística do esqueleto do Ardipithecus ramidus.

Crânio do Ardipithecus ramidus.

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Fonte principal: Wikipedia.

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