22 janeiro 2012

SILVER ARROW / FLECHAS DE PRATA

Os "Flechas de Prata - Silver Arrow" como eram chamados os carros alemães da Auto Union e Mercedes-Benz que dominaram os Grandes Prêmios dos anos 30.

Com a II Guerra Mundial os Flechas de Prata só voltaram a correr em 1954, graças ao esforço da Mercedes-Benz, que retornou às pistas com o W196. Com alta tecnologia da época, os W196 deixaram todos os outros carros obsoletos. A Mercedes-Benz não economizou dinheiro no desenvolvimento de seus novos modelos. Havia dois tipos de carrocerias: uma tradicional e outra usada somente em circuitos de alta velocidade, que cobria as rodas. Os W196 dominaram as temporadas de 1954 e 1955 da Fórmula 1.

(1)   (2) 

   (3)   
(1) Juan Manuel Fangio com um "Flecha de Prata" no GP da Inglaterra de 1955;
(2) Stirling Moss (hoje em dia octogenário 2012) com um dos "Flechas de Prata" com carroceria para pistas rápidas, que ele pilotou na Fórmula 1 dos anos 50;
(3) Cartaz do GP da Itália de 1954 com ilustrações dos "Flechas de Prata".

No inicio da temporada de 1954 da Fórmula 1, a Mercedes-Benz não estava pronta para a prova inaugural e autorizou Juan Manuel Fangio a iniciar a temporada na Maserati onde ganhou na Argentina e na Bélgica, provas que antecederam a estréia vitoriosa dos Flechas de Prata no Grande Prêmio de França, realizado em Reims.

Os W196, permitiram à Mercedes-Benz regressar em grande estilo às grandes competições mundiais em 1954. No primeiro ano os W196 apenas foram derrotados duas vezes pela Ferrari, equipe que em 1955, apenas bateu os "Flechas de Prata" no G.P. do Mônaco. Os resultados dos W196 em 1955 foram 5 vitórias em 7 provas disputadas, perdendo somente em Mônaco e Indianápolis.

A Mercedes-Benz retira-se do mundial após o trágico acidente nas 24 do Le Mans de 1955 com um Mercedes-Benz 300SLR pilotado pelo francês Pierre Levegh, matando inclusive muitos espectadores. Termina assim a participação dos "Flechas de Prata" na Fórmula 1 entre 1954 e 1955 (totalizando 12 Grandes Prêmios).

TEXTO COMPLEMENTAR

Os "FLECHA DE PRATA - SILVER ARROW" começaram na década de 30. MERCEDES-BENZ e AUTO-UNION, apoiados pelo governo Alemão criaram carros imbatíveis que disputavam entre si o domínio das pistas. Com carrocerias de alumínio polido (sem pintura), eles entraram para a história como os FLECHAS DE PRATA. O primeiro, chamado W125, tinha chassis de liga de aço com cromo, níquel e molibdênio e carroceria de alumínio. Até aquele ano os Mercedes de corrida eram pintados de branco, a cor da Alemanha para as competições. Como o carro estava com peso acima do permitido pelo regulamento, os engenheiros rasparam toda a tinta, deixando os carros com o alumínio da carroceria reluzindo. Os “FLECHAS DE PRATA” ganharam sete das doze provas que disputaram, com a primeira vitória em Trípoli.

21 janeiro 2012

PRINCÍPIO DA DESCRENÇA (O que é?)

Definição: O princípio da descrença é a proposição segundo a qual o pesquisador não deve acreditar em nada e ao mesmo tempo estar aberto à investigação e experimentação pessoal, fundamental para o desenvolvimento da Conscienciologia definindo parâmetro para a manutenção do rigor científico na pesquisa da consciência pela própria experimentação da consciência.

Aqui vai um vídeo de uma entrevista cedida por Wagner Alegretti a Ton Martins, no Programa "Ciência e Consciência" da TV Complexis.

Sinonímia: 1. Princípio do ceticismo experimentador. 2. Incredulidade, evitação da fé.

Antonímia: 1. Princípio da fé. 2. Credulidade; crença.

Para reforçar o holopensene deste princípio existe a seguinte frase:
 
"Não acredite em nada nem mesmo no informado pela Conscienciologia, experimente, tenha suas experiências pessoais".
 
Tal frase está presente em todos os ambientes de aula e pesquisa da Conscienciologia.
 
Cabe às pessoas entenderem a aplicabilidade do Princípio da Descrença.

Material obtido em sites afins aos temas de Conscienciologia e Projeciologia, nos sites: www.iipc.org / www.complexis.com.br / www.tertuliaconscienciologia.org / www.ceaec.org

20 janeiro 2012

MÚSICA CLÁSSICA (Part 2 of 2)

História

As principais divisões cronológicas da música clássica são:

1) O período da música antiga, que inclui a música medieval (476 – 1400) e a renascentista (1400 – 1600);

2) O período da prática comum, que inclui os períodos barroco (1600 – 1750), clássico (1730 – 1820) e romântico (1815 – 1910);

3) Os períodos moderno e contemporâneo, que incluem a música clássica do século XX (1900 – 2000) e a música clássica contemporânea (1975 – presente).


As datas são generalizações, já que os períodos frequentemente se sobrepõem, e as categorias são um tanto arbitrárias. O uso, por exemplo, do contraponto e da fuga, considerados característico do período barroco, foi continuado por Haydn, que é classificado como um compositor típico do período clássico. Beethoven, que frequentemente é descrito como o fundador do período romântico, e Brahms, que é classificado como um romântico, também usavam o contraponto e a fuga - porém outras características de suas obras definiram esta categorização.

As Quatro Estações - Antonio Vivaldi - INVERNO.

O prefixo neo- é utilizado para descrever uma obra feita no século XX ou contemporânea porém composta no estilo de um período anterior, como clássico ou romântico. O balé Pulcinella, de Stravinsky, por exemplo, é uma composição neoclássica porque é estilisticamente semelhante a obras do período clássico.

Raízes

As raízes da música clássica ocidental estão na música litúrgica cristã, embora tenha influências que datam da Grécia Antiga; o desenvolvimento de determinadas tonalidades e escalas já havia sido estabelecido por antigos gregos como Aristoxeno e Pitágoras. Pitágoras criou um sistema de afinação, e ajudou a codificar a notação musical em uso na época. Antigos instrumentos usados na Grécia, como o aulos (um instrumento de palheta) e a lira (semelhante a uma pequena harpa) levaram ao eventual desenvolvimento dos instrumentos usados atualmente nas orquestras clássicas ocidentais. Este período na história da música, que vai até a queda do Império Romano (476 d.C.), é chamado de música da Antiguidade; pouco restou do período, no entanto, em termos de evidências musicais, e a sua maior parte veio do mundo grego.

Período antigo

O período medieval inclui a música feita a partir da queda de Roma até por volta de 1400. O canto monofônico, também conhecido como canto gregoriano, foi a forma dominante até cerca de 1100. A música polifônica (com múltiplas vozes) se desenvolveu na segunda metade da Idade Média e ao longo do Renascimento, período em que se desenvolveram as formas mais sofisticadas, como os motetos. O período renascentista, que durou aproximadamente de 1400 a 1600, foi caracterizado pelo uso cada vez maior da instrumentação, de linhas melódicas que se entrelaçam, e dos primeiros instrumentos descritos como baixos. A dança como forma de evento social tornou-se cada vez mais difundida, e por consequência formas musicais apropriadas a acompanhar estas ocasiões passaram a ser padronizadas.

Foi neste período que a anotação da notas numa pauta e outros elementos da notação musical começaram a tomar forma. Este fato tornou possível a separação da composição de uma peça de música de sua transmissão; sem a música escrita, a transmissão era oral, e estava sujeita a mudanças cada vez que era retransmitida. Com uma partitura, uma obra musical podia ser executada em toda a sua integridade sem a necessidade da presença do compositor. A invenção da prensa de tipos móveis, no século XV, teve grandes consequências na conservação e transmissão da música feita a partir deste período.

Entre os intrumentos de corda típicos do período antigo estão a harpa, o alaúde, a viela e o saltério, enquanto instrumentos de sopro incluíam a família da flauta (incluindo a flauta doce), a charamela (um membro antigo da família do oboé), o trompete e a gaita de foles. Alguns órgãos existiam, porém estavam em sua maioria restritos a igrejas, embora existissem variantes razoavelmente portáteis. Posteriormente, ao fim do período, começaram a surgiram versões antigas dos instrumentos de teclado, como o clavicórdio e o cravo. Instrumentos de corda como a viola da gamba também começaram a aparecer no século XVI, juntamente com uma ampla gama de instrumentos de metais e madeiras. A impressão permitiu a padronização das descrições e das especificações destes instrumentos, juntamente com uma maior difusão das instruções de seu uso.

Em termos de características musicais, durante o período da chamada música renascentista, no século XIII, começa-se a repetição de melodias inteiras e surge a notação métrica, abandonando-se os ritmos medievais. Em substituição ao sistema modal surgem as tonalidades maiores e menores. Surge o cromatismo e aumenta-se o uso de instrumentação. um dos principais estilos da época foi o madrigal.

Período da prática comum

O chamado período da prática comum ocorreu quando a maior parte das ideias que pautam a música clássica ocidental tomou forma, foi padronizada e codificada. Iniciou-se com o período barroco, que vai aproximadamente de 1600 até a metade do século XVIII; seguiu-se o período clássico, que terminou aproximadamente em 1820, com o advento do período romântico, que percorreu todo o século XIX e terminou por volta de 1910.

Período barroco

A música barroca caracteriza-se pelo uso de complexos contrapontos tonais e pelo uso de uma linha contínua de baixo. Os inícios da forma sonata foram estabelecidos na canzona, bem como uma noção mais formal de tema e variações. As tonalidades maior e menor também tomaram forma como meio de administrar a dissonância e o cromatismo na música.

Durante o período, a música tocada em instrumentos de teclado, como o cravo e o órgão tornaram-se gradativamente mais populares, e a família de instrumentos de corda do violino assumiu a forma pela qual é conhecida hoje. A ópera, uma forma de drama musical sobre o palco, começou a se diferenciar das outras formas musicais e dramáticas, e outras formas vocais como a cantata e o oratório também se tornaram mais comuns. Grupos instrumentais passaram a ficar cada vez mais diversificados, e suas formações foram se padronizando; surgiram os grandes grupos de músicos, as primeiras orquestras, e a música de câmara, composta para grupos menores de instrumentos, onde cada parte era executada por um instrumento individual, no lugar de um grupo de instrumentos semelhantes. O concerto, como veículo para uma performance solo acompanhada de uma orquestra, tornou-se extremamente difundido - embora a relação entre solista e orquestra ainda fosse relativamente simples. As teorias em torno do temperamento igual começaram a ser postas em prática, na medida em que possibilitavam uma amplitude maior de possibilidades cromáticas em instrumentos de teclado de difícil afinação. O temperamento igual possibilitou, por exemplo, a composição do Cravo Bem Temperado, de Johann Sebastian Bach.

Período clássico

O período clássico, que vai de cerca de 1750 a 1820, estabeleceu muitas das normas de composição, apresentação e estilo do gênero. Foi durante este período que o piano se tornou o principal instrumento de teclado. As forças básicas necessárias para uma orquestra tornaram-se razoavelmente padronizadas (embora viessem a crescer à medida que o potencial de uma gama maior de instrumentos passou a ser desenvolvido nos séculos seguintes). A música de câmara cresceu e passou a abranger grupos com 8 ou até 10 músicos, em serenatas. A ópera continuou seu desenvolvimento, com estilos regionais evoluindo paralelamente na Itália, na França e nos países de fala alemã, e a ópera-bufa, ou ópera cômica, conquistou maior popularidade. A sinfonia despontou como forma musical, e o concerto foi desenvolvido até se tornar um veículo para demonstrações de virtuosismo técnico dos instrumentistas. As orquestras dispensaram o cravo (que fazia parte do tradicional continuo, no estilo barroco) e passaram a ser regidas pelo primeiro-violino (conhecido como o spalla).

Instrumentos de sopro se tornaram mais refinados durante o período clássico. Enquanto instrumentos de palheta dupla como o oboé e o fagote eram razoavelmente padronizados no barroco, a família da clarineta, de palheta simples, não eram utilizados com frequência até que Mozart ampliasse o seu papel nos contextos orquestrais, de câmara e de concerto.

O Classicismo na música é caracterizado pela claridade, simetria e equilíbrio, seu período coincidiu com o Iluminismo, que enfatizava a razão e a lógica.

Como já foi dito, a "música clássica", propriamente dita, corresponde a um período da história da música, também referido como Classicismo vienense. Alguns autores preferem escrever, para evitar confusões, música Clássica (com o C maiúsculo) para referir-se a música Erudita composta no período do Classicismo.

Período romântico

A música do período romântico, que vai aproximadamente da segunda década do século XIX ao início do século XX, caracterizou-se por uma atenção cada vez maior a uma linha melódica extensa, assim como elementos expressivos e emotivos, paralelando o Romantismo nas outras formas de arte. As formas musicais começaram a se distanciar dos moldes usados na era clássica (mesmo aqueles que já haviam sido codificados), e surgem peças em forma livre como noturnos, fantasias e prelúdios, ao mesmo tempo em que as ideias preconcebidas a respeito da exposição e do desenvolvimento destes temas passaram a ser minimizadas ou mesmo ignoradas. A música tornou-se mais cromática, dissonante, com tonalidades mais coloridas e um aumento nas tensões (no que diz respeito às normas aceitas pelas formas anteriores) envolvendo as armaduras tonais. A canção de arte (ou Lied) amadureceu neste período, bem como as proporções épicas da grand opéra, que culminaram com o Ciclo dos Aneis, de Richard Wagner.

No século XIX, as instituições musicais saíram do controle dos patronos ricos, à medida que os compositores e músicos podiam construir vidas independentes da nobreza. Um crescente interesse pela música por parte das classes médias por toda a Europa ocidental incentivou a criação de organizações dedicadas ao ensino, performance e preservação da música. O piano, que atingiu sua forma atual neste período (graças, em parte, aos avanços industriais da metalurgia) tornou-se imensamente popular entre essas classes média, e a demanda pelo instrumento fez surgir um grande número de fabricantes do instrumento. Muitas orquestras sinfônicas datam deste período; alguns músicos e compositores da época tornaram-se verdadeiras estrelas em seus respectivos campos, e alguns, como Franz Liszt e Niccolò Paganini, chegavam mesmo a sê-lo em ambos.

A família de instrumentos utilizada na música clássica, especialmente pelas orquestras, cresceu. Um número maior de instrumentos de percussão apareceu, e os metais assumiram papeis de maior relevância, à medida que a introdução das válvulas rotativas aumentou a amplitude de notas que podiam alcançar. O tamanho da orquestra, que era composta tipicamente por 40 músicos durante o período clássico, foi expandido, chegando a mais de 100 indivíduos. A Sinfonia dos Mil, de Gustav Mahler (1906), por exemplo, já foi executada por uma orquestra com mais de 150 instrumentistas, e um coro de mais de 400 cantores.

As ideias e instituições culturais europeias passaram a seguir a expansão colonial para diferentes partes do mundo. Houve um aumento, especialmente no final do período, das ideias nacionalistas na música (ecoando, em alguns casos, os sentimentos políticos da época); compositores como Edvard Grieg, Nikolai Rimsky-Korsakov e Antonín Dvorák ecoaram a música tradicional de suas pátrias em suas composições.

Períodos moderno e contemporâneo

O período moderno se iniciou com a música impressionista, de 1910 a 1920, dominada por compositores franceses (em oposição ao domínio existente até então dos alemães na arte e, principalmente, na música). Compositores impressionistas como Erik Satie, Claude Debussy e Maurice Ravel usavam escalas pentatônicas, um fraseado longo e ondulante, e ritmos livres. O modernismo (1905 - 1985) marcou um período no qual diversos compositores rejeitaram determinados valores do período da prática comum, tais como a tonalidade, a melodia, a instrumentação e a estrutura tradicionais. Compositores, acadêmicos e músicos desenvolveram extensões da teoria e da técnica musical. A música clássica do século XX engloba uma ampla variedade de estilos pós-românticos, inclui os estilos de composição do romântico tardio, expressionista, modernista e pós-modernista, e a música de vanguarda. O termo "música contemporânea" costuma ser utilizado para descrever a música composta no fim do século XX até os dias de hoje.

Relacionamento com a música popular

A relação entre a música erudita e a música popular é uma questão polêmica (principalmente o valor estético de cada uma). Os adeptos da música erudita reclamam que este gênero constitui arte (e, por isso é menos vulgarizada) enquanto que a música popular é mero entretenimento (o que implica um público mais numeroso). Contudo, muitas peças musicais da chamada música pop, do rock ou outro gênero denominado "ligeiro" são, reconhecidamente, peças de elevado valor artístico (e, curiosamente, chamadas também de "clássicos", como a música dos Beatles, Genesis, de Jacques Brel, Edith Piaf e Billie Holiday, enquanto que algumas peças de música erudita se tornam datadas, consideradas de mau gosto (consoante as épocas, podendo mais tarde ser recuperadas, ou não) ou, mesmo, tornarem-se populares, ao serem incluídas em filmes ou anúncios publicitários, por exemplo. Quase toda a gente conhece e chega a trautear algumas melodias de música erudita, mesmo sem saber quem foi o compositor. É comum, por exemplo, associar árias de ópera com momentos desportivos (no futebol, por exemplo, em que a ária "Nessun dorma" da Turandot é explorada até à exaustão).

Pode-se argumentar que a música erudita, em grande parte, mas nem sempre, tem como característica uma maior complexidade. Mais especificamente, a música erudita envolve um maior número de modulações (mudança da tónica), recorre menos à repetição de trechos substanciais da peça musical (na música popular o refrão é comum), além de recorrer a um uso mais vasto das frases musicais, que não são limitadas por uma extensão conveniente para a sua popularidade entre o público (ou seja, que permita à música "entrar no ouvido" ou seja, na memória). Na música erudita, o minimalismo vai contra estas tendências que se acabaram de aplicar. No entanto, é normal que a música erudita permita a execução de obras mais vastas em termos de duração (variando de meia hora a três horas), usualmente divididas em partes mais pequenas (os "movimentos"). Também aqui existem excepções: as miniaturas, as bagatelas e as canções (como as de Schubert).

A música popular pode no entanto ser bastante complexa em diferentes dimensões. O jazz pode fazer uso de uma complexidade rítmica que não acontece numa larga maioria de obras clássicas. A música popular pode recorrer também a acordes complexos que destoariam (ou não, mas, em todo o caso são pouco usados) numa peça erudita. A verdade é que aquilo a que se chama de música erudita é um campo de uma vastidão enorme, difícil de espartilhar numa ou noutra regra.

A escolha dos instrumentos utilizados para a execução das obras também pode diferir muito. Na música erudita se utilizam instrumentos acústicos, não elétricos, e que foram, na sua maioria, inventados antes de meados do século XIX, ou muito antes disso. Consistem, essencialmente, nos instrumentos que fazem parte de uma orquestra, em conjunto com alguns instrumentos solistas (o piano, a harpa, o órgão…). Na música popular (pelo menos na moderna), a guitarra eléctrica tem um grande protagonismo, enquanto que quase não existe o seu uso por parte de compositores de música erudita, mesmo por parte dos compositores contemporâneos. Entretanto, os dois gêneros vão experimentando instrumentos eletrônicos e elétricos (como o sintetizador, a banda magnética…) bem como instrumentos de outras culturas até agora afastadas da tradição musical ocidental (como o conjunto de instrumentos de percussão orientais chamados de gamelan).

Outra especulação interessante é saber se as peças de música popular continuarão a ser ouvidas, ao longo do tempo, permanecendo tanto quanto as peças de música erudita. Enquanto que estas permaneciam devido à sua natureza escrita, a música popular (bem como as interpretações individuais das obras clássicas) tem hoje à sua disposição os registros gravados em suporte de qualidade. Se é certo que algumas peças de música popular que eram sucessos enormes há poucos anos atrás já estão praticamente esquecidos, a verdade é que também muitas peças musicais ditas eruditas deixam de fazer parte do repertório das orquestras, reaparecendo pontualmente, quando algum intérprete as "descobre". Os adeptos da música erudita podem acreditar que o seu gênero tende mais para a intemporalidade. No entanto, muitos artistas populares poderão permanecer e ganhar o estatuto de músicos de culto. Ainda que quando alguém ouve música popular relativamente antiga (de algumas décadas atrás) se utilize mais a expressão "nostalgia" por algo passado, que não pertence ao presente; sentimento que raramente se encontra entre os adeptos da música erudita. Só o tempo poderá demonstrar qual a música que permanecerá. Erudita ou popular, a qualidade de cada uma estará sempre sujeita à avaliação subjectiva dos ouvintes do futuro.

Papel da música erudita na educação

Ao longo da história da civilização ocidental, as famílias mais abastadas tinham frequentemente a preocupação de que os seus filhos fossem instruídos na música erudita desde cedo. Uma aprendizagem precoce de interpretação musical abre caminho a estudos mais sérios em idades mais avançadas. É quase impossível aprender a tocar, a um nível profissional, alguns instrumentos, como o violino, se não for desde tenra idade. Outros pais querem que os filhos aprendam música por razões de estatuto social (as meninas aprendiam a tocar piano, no século XIX - o que fazia, quase, parte do dote) ou para incutir auto-disciplina. Existem estudos que parecem comprovar uma melhoria no rendimento académico das crianças que aprendem música. Outros consideram que conhecer as grandes obras da música erudita é uma obrigação cultural, fazendo parte da chamada "cultura geral" mais ou menos elevada, mas geralmente valorizada em termos sociais.

Diversos compositores eruditos apresentaram abordagens para a educação musical. O alemão Carl Orff propôs o instrumental Orff, um método para que crianças pudessem aprender música. Tal método usa formas rudimentares de atividades diárias para jovens, como cantar em grupo, praticar rimas e tocar instrumentos de percussão. É baseado amplamente na improvisação e em construções tonais originais para que a pessoa ganhe confiança e interesse no processo de pensar criativamente.

Para saber mais sobre música clássica veja neste blog as postagens Música Clássica (Part 1 of 2) e Beethoven.

16 janeiro 2012

O MUNDO SEM NÓS (Livro) / THE WORLD WITHOUT US (Book)

A penetrating, page-turning tour of a post-human Earth

Cover of a brazilian edition of "The World Without Us" (O Mundo Sem Nós).

In THE WORLD WITHOUT US, Alan Weisman offers an utterly original approach to questions of humanity's impact on the planet: he asks us to envision our Earth without us.

In this far-reaching narrative, Weisman explains how our massive infrastructure would collapse and finally vanish without human presence; which everyday items may become immortalized as fossils; how copper pipes and wiring would be crushed into mere seams of reddish rock; why some of our earliest buildings might be the last architecture left; and how plastic, bronze sculpture, radio waves, and some man-made molecules may be our most lasting gifts to the universe.

Example of a tree "eating" village.

The World Without Us reveals how, just days after humans disappear, floods in New York's subways would start eroding the city's foundations, and how, as the world's cities crumble, asphalt jungles would give way to real ones. It describes the distinct ways that organic and chemically treated farms would revert to wild, how billions more birds would flourish, and how cockroaches in unheated cities would perish without us. Drawing on the expertise of engineers, atmospheric scientists, art conservators, zoologists, oil refiners, marine biologists, astrophysicists, religious leaders from rabbis to the Dalai Lama, and paleontologists - who describe a prehuman world inhabited by megafauna like giant sloths that stood taller than mammoths - Weisman illustrates what the planet might be like today, if not for us.

From places already devoid of humans (a last fragment of primeval European forest; the Korean DMZ; Chernobyl), Weisman reveals Earth's tremendous capacity for self-healing.

As he shows which human devastations are indelible, and which examples of our highest art and culture would endure longest, Weisman's narrative ultimately drives toward a radical but persuasive solution that needn't depend on our demise. It is narrative nonfiction at its finest, and in posing an irresistible concept with both gravity and a highly readable touch, it looks deeply at our effects on the planet in a way that no other book has.

12 janeiro 2012

NOSSA EVOLUÇÃO (Livro)

Nossa Evolução. Autor: Waldo Vieira.

SINOPSE

Este livro procura responder as cinco perguntas clássicas da filosofia e formula novas questões não menos importantes para a nossa evolução. São temas inéditos e instigantes, fundamentados em um novo paradigma que tem como objeto de estudo a temática mais importante do universo: a consciência. Em formato de perguntas e respostas, o livro se destaca pela forma didática e clara com a qual o autor explica assuntos trancendentes e avançados, tais como cosmoética, período intermissivo, programação existencial, macrossoma, entre outros.

Autor: Waldo Vieira. Editora: Editares.

Voce pode acessar o site da editora EDITARES no endereço: www.editares.org

10 janeiro 2012

ESTATÍSTICAS DO BLOG (2)

Aqui estão todos os acessos ao Blog desde Dezembro de 2010 até 31 de Dezembro de 2011.


Até o momento foram 4880 acessos.

Acessos ao Blog até 31 de Dezembro de 2011.